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Como cuidar da fístula arteriovenosa?

Uma fístula arteriovenosa é uma ligação direta entre 2 vasos, um do sistema arterial e outro do sistema nervoso. Essa ligação é necessária por conta de características das artérias e veias: as artérias têm um poder de captação sanguínea em alta velocidade, mas são mais profundas e sensíveis a punções; as veias possuem uma velocidade de passagem de sangue reduzida, são mais superficiais e mais resistentes a punções. As fístulas são realizadas através de um procedimento cirúrgico e podem ser realizadas com a veia e a artéria da própria pessoa ou até mesmo com materiais sintéticos. A fístula arteriovenosa, então, possibilita que o paciente resista a punções subsequentes e tenha menor risco de infecção. Elas podem ser realizadas em regiões como pescoço, tórax, virilha e antebraço.

Os cuidados com a fístula arteriovenosa são essenciais para um acesso saudável e sem complicações. Um dos principais cuidados é com trauma no local em que a fístula está localizada. Além disso, segundo orientações da Sociedade Brasileira de Nefrologia, o paciente precisa:

  • Ter cuidado com pressão e pancadas que favoreçam o aparecimento de hematomas. A circulação prejudicada contribui para o não funcionamento do acesso;
  • Manter o local de acesso sempre limpo;
  • Para aferir a pressão arterial ou para a coleta de sangue, é recomendado o uso do membro contrário ao que a fístula está situada;
  • Não é recomendado dormir sob o braço em que há fístula;
  • Realizar higienização adequada do membro e manter o curativo limpo após a sessão de hemodiálise;
  • Em caso de diabetes mellitus, não é rara a perda do acesso pela fístula devido a descompensação das taxas de glicose, assim como a hipertensão arterial sistêmica. Se houver um descontrole do quadro de diabetes ou hipertensivo, há um comprometimento da permeabilidade dos vasos, impactando diretamente a continuidade do tratamento.
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